Reunião na Embrapa

Fique por dentro das fases do projeto

  • FLÁVIA ZAGO
  • 18/03/2022
  • 12h15

IBEqui participa de reunião sobre vacina contra o mormo em unidade da Embrapa no MS


Na segunda-feira (14/03), o presidente do Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui), Manuel Rossitto, participou de reunião na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Campo Grande (MS). O desenvolvimento da vacina contra o mormo, doença causada pela bactéria Burkholderia mallei, foi a pauta do encontro, que ainda contou com a presença do presidente da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Mario William Esper. Os participantes tiveram como anfitriões pesquisadores e o chefe geral da Embrapa, Antônio Ferreira Rosa.


O projeto de produção da vacina foi dividido em duas fases. A fase 1, contempla a produção de imunógenos e adjuvantes e a sua avaliação em animais de laboratório, com aporte de R$ 2,3 milhões do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A fase 2, que envolve os testes em equinos, terá um investimento de R$ 6 milhões. Essa parte inicial da pesquisa (Fase 1), foi desenhada para execução em três anos. “A nossa ideia inicial é usar nanopartículas para essa vacina, de modo a potencializar a resposta imune”, explicou o pesquisador Flábio Ribeiro. 


Segundo Flábio, que também é médico veterinário, a pesquisa identificou a doença e fez acompanhamento por necropsia em animais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso (esses já com detecção microbiológica e molecular realizada), Tocantins, Amazonas, Sergipe e Piauí (trabalhos em andamento). “Cultivamos a bactéria, identificamos o DNA e fazemos a caracterização genética”, pontuou Flábio. Outro objetivo do projeto é obter um banco de soros positivos para anticorpos contra Bukholderia mallei de equídeos. 


“Nós somos uma instituição pública de ciência aplicada e como instituição pública, nós temos que estar abertos às demandas das cadeias produtivas. Eu tenho dito sempre que o cavalo faz parte do sistema de produção de gado de corte. Nós reconhecemos que os equinos fazem parte desse contexto, então somos muito receptivos e ficamos muito honrados com a visita do IBEqui e da ABNT à nossa sede. Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para o sucesso desse projeto de estudo e de erradicação do mormo no Brasil”, afirmou o chefe geral da Embrapa.


“Foi uma reunião de grande importância, pois se trata de um estudo inédito sobre uma doença que compromete os negócios do cavalo no país. A partir dessa pesquisa, garantiremos o padrão animal de exportação. O projeto vai viabilizar a vacina e a ABNT irá colaborar para desenvolvimento do laboratório, práticas recomendáveis, padrões e referências”, assegurou o presidente da ABNT. “É muito gratificante estar aprendendo e tendo total apoio de entidades, para juntar as pontas com todo o agronegócio, comunidade acadêmica e outros setores da sociedade civil”, concluiu Rossitto.