Pampa

Pelagem registra crescimento na raça

  • PAULA MAGALHÃES
  • 18/04/2019
  • 16h50

Nas últimas décadas, a pelagem Pampa tem ganhado muitos admiradores no Mangalarga Marchador. E o destaque para esta coloração pode ser observado tanto no número de animais registrados, quanto pela grande presença da pelagem nas competições da raça, inclusive com muitos exemplares pampas subindo ao podium da raça.

Atualmente, a ABCCMM, possui, registrados, cerca de 15 mil animais com coloração Pampa. Das muitas variações apresentadas nesta pelagem, as três mais comuns são: Pampa de Castanho com 6.670 exemplares, seguida por Pampa de Preto, presente em 2.801 animais e em terceiro lugar, está Pampa de Tordilha com 2.572 representantes na raça.

Também denominada de Tobiana, a pelagem Pampa é caracterizada pela presença de manchas brancas, despigmentadas combinadas com qualquer outra pelagem da raça. Se a presença das manchas brancas for maior, a designação Pampa virá primeiro, por exemplo, Pampa de Preto. Mas se a cor predominante for outra, a qualificação Pampa, virá depois, por exemplo, se a pelagem de fundo é Castanha, o animal será resenhado como de pelagem Castanha Pampa.

Em 2018, a pelagem Pampa foi tema de uma pesquisa realizada pelo médico-veterinário, Roberto Antônio Salles Trindade em sua Pós-Graduação. Com o título “O Crescimento da Pelagem Pampa nos Animais da Raça Mangalarga Marchador no Brasil”, o estudo apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Equideocultura: Raças Marchadoras da PUC Minas, traz um panorama do crescimento no número de animais pampa.

Segundo Roberto Trindade houve uma valorização da pelagem no mercado, “Na década de 90, havia um crescimento de 1,2%. Nos anos 2000, esse número subiu para 6,5% e nesta última década o número de animas pampa cresceu, comprovadamente, 14,4%.

Além da preferência no gosto de muitos criadores, Roberto apresenta outros fatores que influenciaram a alta dos números apresentados “No processo de seleção, melhorou-se a qualidade de reprodutores e matrizes que surgiram na raça, com o momento econômico propício para a atividade e o desempenho positivo dos exemplares desta pelagem nas provas oficiais de marcha e morfologia, são alguns dos fatores que justificam esse aumento.  

A médica veterinária Adalgiza Carneiro de Rezende, destaca que os criadores devem ter cuidado com os animais Pampa, pois a parte branca é despigmentada e por isso, mais susceptível a problemas, principalmente, por causa da incidência da luz solar.

A especialista deixa uma dica, “Nós orientamos os criadores que gostam da pelagem Pampa a dar preferência para animais com a parte superior pigmentada, colorida, deixar a área branca (despigmentada) para cabeça, cauda, membros inferiores, regiões menos atingidas pelo sol.”, conclui Adalgiza.