As atividades ao ar livre na pandemia impulsionam o mercado de equídeos.
Essa é uma constatação dos dados preliminares apresentados pela atualização do ‘Estudo do Complexo do Agronegócio do Cavalo’, proposta pelo Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui), com o objetivo de obter informações recentes sobre o crescimento do setor de equídeos e suas reais dimensões dentro do agronegócio nacional.
O setor de equídeos no Brasil apresenta, nos últimos anos, um crescimento exponencial, tanto em rebanho, quanto em negócios, exportações, competições e adeptos. Tudo isso alimenta uma cadeia de produção de bens e serviços importantes para a economia nacional.
De acordo com o responsável pelo material, professor Roberto Arruda de Souza Lima, coordenador dos Estudos do Agronegócio do Cavalo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), os dados preliminares apontam um cenário otimista “Apesar do impacto da pandemia, alguns setores ganharam e vão ganhar ainda mais no pós-pandemia. Isso se deve à mudança de postura da população brasileira, que vive mais no interior do que nas capitais do país.”, reforça ele que ainda destaca que o hipismo é um esporte individual e praticado em espaço aberto.
De acordo com o professor, o levantamento também mostrará informações sobre a questão do Bem-Estar Animal, “Antigamente, pouco se preocupava com isso, mas atualmente, com o crescimento da criação do cavalo de esporte, existem mais normas e regulamentos focados, além de um aumento na fiscalização”, explica.
Para Manuel Rossitto, presidente executivo do IBEqui, a atualização do estudo vai mostrar a importância da Equideocultura no Brasil, “O estudo vai revelar as reais dimensões da Equideocultura brasileira, o quanto o setor gera de emprego e renda. Também vai mostrar a presença do cavalo nas mais diversas atividades como trabalho, lazer, esporte, junto às forças de segurança, além de estar cada vez mais presente em atividades sociais como a Equoterapia, tratamento fundamental para algumas doenças”, completa Rossitto.
Também fazem parte do estudo os pesquisadores, Aluísio Marins (UC), Claudia Leschonski (UC), Fernanda Godoi (UFRRJ) e Orlando Filho (IBEqui). A atualização foi solicitada pelo secretário de Agricultara do estado de São Paulo, Itamar Borges (MDB/SP, quando ainda era deputado estadual, e atuava pela Frente Parlamentar do Agronegócio Paulista.
Rally do Equídeo
A exemplo do que existe na agricultura, com o Rally da Safra, que é um dos principais eventos do agronegócio brasileiro, Roberto Arruda defende a realização de uma espécie de rally do setor de equídeos no Brasil.
No evento, é feito um levantamento de safra técnico privada, e a exemplo, o rally dos equídeos reuniria as principais empresas do setor com a doação de brindes e a coleta de dados e informações sobre a criação daquele animal, como uma espécie de senso.