Equinos são hospedeiros finais da doença

Mosquitos são os transmissores

  • PAULA MAGALHÃES
  • 27/06/2018
  • 10h23

A Febre do Nilo Ocidental (FNO), é uma enfermidade viral transmitida por mosquitos, podendo afetar aves silvestres, seres humanos e equídeos.

Nos últimos dias, a febre do Nilo Ocidental ganhou destaque na imprensa nacional devido a identificação da doença em uma propriedade na cidade de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, região que desde então, vem sendo monitorada pelas entidades de Saúde e Controle.

Os Órgãos Estaduais de Sanidade Agropecuárias, têm sido recomendados a intensificar a vigilância para a detecção de animais com sintomatologia nervosa comparável com raiva, encefalomielites equinas e Febre do Nilo Ocidental. Além dos procedimentos já adotados para o diagnóstico da raiva, as unidades municipais ou estaduais de vigilância em saúde devem ser comunicadas previamente ao atendimento veterinário oficial para que, a seu critério, participem das investigações.

Nos equídeos, os sinais clínicos são decorrentes da encefalite (inflamação aguda do cérebro) ou encefalomielite (inflamação do cérebro e da medula espinhal) causadas pelo vírus. Os animais afetados apresentam frequentemente ataxia de intensidade leve a grave, dentre outros sinais que podem variar desde uma leve incoordenação motora até prostração. Alguns equinos também podem apresentar debilidade, fasciculação muscular e problemas nos nervos craniais.

Por serem hospedeiros finais da doença, não há necessidade de realizar a interdição das propriedades em que forem detectados casos de animais contaminados.  Ainda não há tratamentos específicos ou vacinas para a Febre do Nilo Ocidental em equídeos, existem apenas terapias de suporte. Mas em países que já convivem com a doença, a taxa de mortalidade é de apenas 35% dos casos, alguns sobreviventes podem apresentar sequelas.

A doença é causada por um vírus do gênero Flavivirus, transmitido através da picada de mosquitos contaminados, principalmente o Culex, comumente chamado de pernilongo.

Homens e cavalos são hospedeiros acidentais e finais da doença, ou seja, mesmo contaminados, não podem passar a doença adiante. Os sintomas da FNO vão desde infecção subclínica, febre leve, meningite, encefalite e em casos mais severos, a morte. Em relação à saúde humana, informações podem ser obtidas no site oficial do Ministério da Saúde, que desenvolve, desde 2003, o Programa Nacional de Vigilância da Febre do Nilo Ocidental no Brasil. Visite o site.