Muitas propostas e sugestões na reunião dos núcleos

Poeirões geraram polêmicas. Criação de uma Serie B do MM para estimular vendas de animais e exportação de exemplares para países da América Latina foram temas elencados no encontro.

  • YAGO ROCHA
  • 27/07/2017
  • 11h48

Na reunião dos núcleos realizada hoje, 27 de julho, presidentes, diretores e representantes das regionais de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte marcaram presença juntamente com o presidente da ABCCMM, Daniel Borja, e o diretor de Eventos, Jonas Oliveira. O evento aconteceu no auditório do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e foi aberto com a fala de Daniel que agradeceu a presença de todos e disse que o momento era oportuno para a troca de ideias, sugestões e críticas construtivas.

Afirmou que a ABCCMM estava aberta para escutar as propostas de todos e comentou sobre a necessidade de limitar a entrada de animais no parque. “Não temos mais como colocar 1.700 animais aqui dentro, além do mais, tivemos um incremento de 32% a mais de público e temos que pensar isso futuramente”. Em seguida, valorizou a participação dos núcleos no fomento da raça. “Vocês são parte primordial para o crescimento da raça”, destacou.

 

Fomentar ou não os poeirões?

 

Jonas falou das mudanças no Regulamento dos Núcleos e que estavam em vermelho na pasta que foi distribuída a todos. Disse ainda que as provas sociais e funcionais têm crescido muito na raça e que durante a atual gestão houve uma adesão de 2.500 novos sócios e falou das estratégias do Avante Marchador no fomento do Marchador. A reunião foi então aberta para as considerações dos representantes das regionais.

Todos eles elogiaram o trabalho da atual gestão da ABCCMM. Os principais pontos elencados para a discussão foram estimular parcerias para despertar interesse pelo Mangalarga Marchador no meio acadêmico, a realização de classificatórias regionais para reduzir o número de animais nas Nacionais e aumentar em qualidade. Um dos assuntos mais questionados foi o fomento ou não dos poeirões, sendo que muitos se posicionaram contra esse tipo de evento por reunir animais de diversas raças, pela falta de controle sanitário, roubo de animais, dentre outros. Alguns, no entanto, acreditam que se bem pensado e estudado eles podem trazer novos sócios para a Associação.

Houve quem pedisse ao presidente apoio no envio de um técnico de registro para sua região, o que foi prontamente atendido. Também foram questionados os investimentos nos cursos do Mangalarga Marchador para Todos.  Daniel explicou que a regra hoje é realizar tais eventos com pelo menos 15 participantes.


Julgamentos subjetivos e a exportação de animais para países vizinhos


Foram elencados tópicos como a diminuição da subjetividade nos julgamentos, a ética em pista quando um árbitro está julgando animais dele próprio e a abertura de mercado em países como Uruguai e Argentina. Sobre os árbitros julgarem seus animais, Daniel ressaltou que os regulamentos da ABCCMM não permitem essa prática. A sugestão de exportar exemplares para países vizinhos agradou o presidente que sugeriu a criação de uma comissão para analisar e tabular o tema. Jonas afirmou que já vem sendo estudado a fundação de um núcleo no Uruguai.

Sugeriu-se também que fosse avaliado melhor o ranking de reprodutores e reprodutrizes de forma que ele ficasse mais dinâmico, talvez contando pelos dez melhores filhos de pais e mães.

 

Criação de uma Série B no MM

 

Outras sugestões foram valorizar mais as Exposições Estaduais como estratégia de fomento da raça, criar uma forma de homenagear os criadores mais antigos, pressionar as fabricantes de ração e medicamentos, em suma, a iniciativa privada, para ajudar nos patrocínios das exposições e copas de marcha. Para valorizar e promover mais negócios com “pequenos e médios animais” foi falado em se criar uma liga do tipo Serie A, B e C. Daniel pediu a quem formulou a ideia que colocasse a proposta no papel para ser discutida posteriormente.  

A realização de um CBM de Marcha Picada e Batida unificados em Natal (RN) foi posta em discussão e só poderia ser viabilizada em 2019, segundo Daniel. Houve quem sugerisse, por experiência própria, a promoção de leilões de embriões e óvulos via Whatsap para viabilizar a sobrevivência dos núcleos e para a realização de exposições.

Daniel Borja finalizou o encontro dizendo que estava à disposição para discutir melhor os temas tratados e afirmou que era um prazer ter a presença de todos. Em seguida, todos foram convidados para uma foto juntos.   

    

 

Fotos: Clau Silva