Biomecânica em pauta

Tema debatido em congresso internacional

  • FLÁVIA ZAGO
  • 21/10/2020
  • 08h56

O Diretor executivo da Escola Nacional de Árbitros (ENA), Carlos Augusto Sacchi participou, no dia 11 de outubro de 2020, de um debate em mesa redonda, no primeiro Congresso Internacional de Residência em Medicina Veterinária, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

A “Relação do treinamento e nutrição com as principais lesões ortopédicas no Mangalarga Marchador”, foi o tema do encontro, que contou com a participação das doutoras Andressa Silveira, Adalgiza Rezende e Gabriela Guenka, além do Médico Veterinário Gianfranco Ferreira.

 

A “Biomecânica é o estudo do movimento dos corpos vivos”, como conceitua o profissional especialista no assunto, Alessandro Procópio. A  morfometria( mensurações para avaliar as aptidões),  a cinemática (estudo da geometria dos movimentos) e a cinesiologia ( aplicação das forças que determinam os diferentes movimentos) são as ramificações da Biomecânica.

 

Para Sacchi, a compreensão deste assunto é muito importante para a Raça Mangalarga Marchador. “A partir desse entendimento, a Biomecânica  poderá nos auxiliar nas questões que envolvem a prevenção de lesões e consequentemente, o aumento da vida útil dos nossos cavalos. Nessa área, a Dra. Gabirela Guenka é especialista”, enfocou.

Gabriela já recebeu o convite de Carlos Augusto Sacchi, para participar em breve de palestra aberta ao público, promovida pelo Conselho Deliberativo Técnico. O evento terá data marcada e será transmitido e disponibilizado ao público, pelo Youtube (aguarde informações).  Acompanhe abaixo, o que o Diretor abordou a respeito do assunto:

 

 ”O grande conhecimento da profissional certamente trará benefícios aos criadores, treinadores e a todos os profissionais auxiliando-os a promoverem protocolos mais eficientes de domas, treinamentos e dos manejos em geral. Para evoluírmos ainda mais o Mangalarga Marchador, será de suma importância que tenhamos mais atenção e rigor à questões como o escore corporal dos nossos animais de pista, o excesso de suplementação, a qualidade dos volumosos fornecidos e o uso correto da mineralização, o tempo em liberdade de cada animal, os treinamentos a que temos submetido os cavalos e as atitudes exigidas em cada exercício (lesões de coluna), a podologia e a proporcionalidade entre os cascos dos bípedes torácicos e pélvicos e principalmente, à importância que temos dado aos acasalamentos no que tange à qualidade dos membros e aprumos dos progenitores. O Mangalarga Marchador é a melhor raça de marcha do mundo, entretanto não podemos mais criar com o único objetivo de produzir animais “bons de sela”.  Precisamos dessa qualidade excepcional, que nos permite ótimas cavalgadas, mas também de um cavalo que tenha vida útil longa e alta transmissibilidade para essa característica”, ponderou Carlos Augusto Sacchi – ENA – 14/10/2020