Resultados iniciais do Projeto Cinemarcha

As conclusões estão relacionadas com a pesquisa feita com 45 animais na velocidade média.

  • Bernardo
  • 21/07/2016
  • 15h52

Os resultados preliminares do Projeto Cinemarcha, que teve início na 34ª Nacional do Mangalarga Marchador com a etapa de filmagem e coleta de dados para se fazer uma caraterização quantitativa e detalhada de vários aspectos cinemáticos da marcha da atualidade, utilizando sistema de análise de movimento tridimensional (3D), foram revelados na palestra apresentada por Mayara Gonçalves Fonseca. Ela é médica veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestra em Zootecnia pela mesma universidade. Atualmente é Doutoranda em Medicina Veterinária do Laboratório de Fisiologia do Exercício Equino e Farmacologia (LAFEQ) da UNESP de Jaboticabal.

O encontro ocorreu hoje, 21 de julho, no auditório do IMA. Na abertura dos trabalhos Tiago de Resende Garcia, da Escola Nacional de Árbitros (ENA) e coordenador do Departamento de Árbitros da ABCCMM, apresentou a palestrante aos presentes como parceira dele em outros projetos. Quem também esteve no encontro foi o doutor e professor Alessandro Moreira Procópio precursor de trabalhos correlacionados ao tema como o de “Biomecânica da Locomoção dos Equinos”, de 2008.

Mayara apresentou os resultados parciais do projeto cujo objetivo é determinar as variáveis cinemáticas das Marchas Batida e Picada em três velocidades (curta, média e alongada). Por enquanto, as conclusões estão relacionadas com a pesquisa feita com 45 animais na velocidade média de 11km/h.

A palestrante apresentou diversos números a respeito da velocidade, amplitude e frequência das passadas e sobre a distribuição dos tempos de apoio na marcha. Os resultados demonstraram que, na média, há ocorrência dos apoios característicos da marcha, porém com maior dissociação na elevação do que no apoio.

Também foi abordado a questão do gene da marcha. De acordo com Mayara, a Marcha Picada “aparentemente” é controlada por um único gene e a Batida por um número maior de genes. Os resultados do sequenciamento genético para ambas as marchas poderão servir futuramente de orientação para os criadores escolherem o tipo de andamento que vão querer selecionar nos seus criatórios.

O projeto de Mayara vem sendo desenvolvido com apoio da ABCCCMM.